Os Fundos de Investimento em Participações (FIP) são um tipo de fundo voltada para investir em empresas de capital fechado. Esses fundos são um elemento-chave no financiamento de PMEs e startups, permitindo também que investidores consigam participar do sucesso de empresas antes restritas a investidores de varejo.
Todo FIP precisa avaliar adequadamente os seus ativos, tendo em vista realizar a marcação de cota. Para isso, é necessário a contratação de um laudo de avaliação (valuation) para dar transparência e trazer governança e eficiência para o fundo.
A marcação de cota significa a definição do valor justo das cotas de um fundo de investimento. Tendo em vista que os FIPs investem em empresas de capital fechado, esse é um processo mais desafiante pois as empresas investidas não possuem cotação pública.
Por conta disso, os administradores e gestores de FIPs precisam contratar laudos de avaliação (valuation) para determinar o valor justo atual desses investimentos.
Através de laudos de avaliação (valuation), os cotistas saberão qual é o valor justo dos seus investimentos, e saberão qual tem sido a performance do fundo até o momento. Assim o investidor saberá corretamente se o valor das cotas do fundo reflete o crescimento ou decrescimento de cada ativo. Sem esse laudo, os cotistas não saberão qual é o valor aproximado de seus investimentos.
A Instrução CVM nº 579/2016 obriga que os FIPs contratem avaliadores independentes anualmente para avaliarem o valor dos ativos do fundo. As metodologias utilizadas pelo avaliador precisam ser consistentes e reconhecidas no mercado, tendo em vista que a precificação das cotas se dê de forma acurada e justa.
O processo de fazer um laudo de avaliação das empresas investidas pode ser útil também para a auto-avaliação do desempenho dos administradores e gestores. Afinal de contas, caso seja verificado um declínio ou estagnação no valor das cotas, isso pode implicar em problemas de performance ou dificuldades financeiras.
Dessa forma o FIP pode tentar aplicar mudanças como medidas corretivas, mudança de tese de investimento ou até desinvestimentos.
Quando um FIP pensa em investir em uma nova rodada de investimentos de uma empresa já investida, possuir um laudo de avaliação da empresa pode ajudar na tomada de decisão. Além disso, caso o FIP possua a oportunidade de fazer o desenvestimento, o laudo de avaliação funciona como uma referência para a negociação, que não deve ficar muito distante do valor determinado.
A avaliação de empresas de capital fechado, que são as que os FIPs geralmente investem, podem apresentar desafios únicos. PMEs e startups podem ter pouco ou nenhum histórico financeiro confiável, de forma que as previsões de crescimento podem ser muito incertas.
Existe um outro fato que são as condições de mercado, que geralmente são muito mutáveis e podem impactar a avaliação da empresa devido a riscos sistêmicos. E é justamente por conta disso que a CVM obriga os FIPs a realizarem laudos de avaliação com profissionais isentos e experientes.
Existem diversas metodologias que podem ser utilizadas para avaliar empresas de capital fechado para FIPs. Cada metodologia possui vantagens e desvantagens, e devem ser utilizadas em casos específicos. As metodologias de avaliação mais utilizadas para empresas de FIP costumam ser:
Baseia-se na projeção de fluxos de caixas livres da empresa, descontados a uma taxa de desconto para se chegar ao valor presente.
Compara a empresa com outras similares, utilizando múltiplos setoriais como EV/ Receita, EV/ EBITDA ou Preço/ Lucro.
Avalia o valor da empresa com base em transações semelhantes que ocorreram no mesmo mercado, com empresas de portes semelhantes.
Avalia a empresa de acordo com o seu patrimônio atual, ou seja, seus ativos menos os seus passivos.
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