É muito comum ouvir nas notícias sobre as startups e suas grandes captações de investimento. Mas o que é rodada de investimentos?
Nesse blog vamos te explicar esse conceito e como que ele se aplica às startups no Brasil.
Rodada de investimento nada mais é do que uma captação de recursos para uma startup, onde a empresa cede participação no negócio em troca do capital do investidor.
Durante a vida de uma startup, é comum (mas não obrigatório) que ela realize diversas captações de investimento, tendo em vista sustentar um crescimento acelerado.
Afinal de contas, após cada aporte, a empresa ganha fôlego financeiro e caixa, para investir em contratação de equipes, marketing e desenvolvimento de novos produtos.
Assim, apesar dos fundadores acabarem ficando com uma participação (%) menor no negócio após cada captação, a ideia é que o negócio vai valer muito mais conforme ele cresce.
Por exemplo:
No ano 1 de operação, quando a startup ainda está em estágio inicial, capta R$ 400 mil em troca de 10% da empresa. Nessa rodada de investimento, sua avaliação é de R$ 4 milhões (ou seja, 100% equivalem a R$ 4 milhões).
No ano 3, quando a startup já desenvolveu seu produto final e possui milhares de clientes, a empresa resolve captar R$ 3 milhões em troca de 15%. Nessa rodada de investimento, seu valuation é de R$ 20 milhões.
No ano 5, a startup segue crescendo constantemente e tem centenas de milhares de clientes em todo o país, resolve captar R$ 10 milhões em troca de 25%. Nessa rodada de investimento, seu valuation é de R$ 40 milhões.
E por aí vai, a startup tende a captar investimentos conforme cresce, tendo em vista sustentar seu crescimento acelerado, e seu valuation cresce junto com o seu amadurecimento.
Um exemplo de empresa que fez rodadas de investimentos recorrentemente foi o Nubank. Há 10 anos atrás, ninguém conhecia o Nubank, e hoje em dia é o banco com maior número de correntistas no Brasil.
Esse crescimento foi impressionante, mas não foi orgânico.
Ao longo da sua história, o Nubank fez diversas rodadas de investimento para continuar investindo em marketing e tecnologia, necessários para atrair novos correntistas.
É estimado que hoje, os fundados do Nubank possuam cerca de 10% da empresa apenas.
Por mais que pareça pouco, é melhor você ter 10% de uma empresa bilionária, do que 100% de uma empresa que vale muito pouco, e essa é a ideia por trás da rodada de investimento.
Existem diversos tipos de rodada de investimento no Brasil, e é importante que na hora de buscar investidores, você mire nos tipos de investidores mais recomendados para o estágio da sua empresa:
Para startups em um estágio tão inicial quanto esse, apenas pessoas muito próximas aos fundadores teriam coragem de investir. Amigos, familiares e ex-colegas de trabalho são as opções mais prováveis para você.
Nesse estágio, o normal são captações entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, com foco em tornar os fundadores dedicados integralmente a empresa, contratar 1 a 2 funcionários e tirar o projeto definitivamente do papel.
Essas rodadas de investimento são comumente chamadas de “Pré-Seed”.
Para startups em um estágio intermediário, a percepção de risco por parte dos investidores já diminui um pouco.
Nesse estágio, os investidores mais prováveis são os investidores anjo, grupos de anjos, aceleradoras, instituições de fomento e plataformas de Equity Crowdfunding.
Startups desse perfil, normalmente captam entre R$ 200 mil e R$ 2 milhões com investidores, e a empresa tende a tomar um porte ainda mais significante, com a contratação de novas pessoas, formação de áreas, marketing, criação de processos e melhorias no produto…
Essas rodadas de investimento nesse estágio são comumente chamadas de “Seed”.
Para startups em um estágio avançado, com receita bruta anual já na casa dos milhões, a percepção de risco dos investidores diminui ainda mais.
Nesse estágio, os investidores mais prováveis para a sua empresa são os Fundos de Venture Capital, e essas rodadas de investimento são comumente chamadas de “Serie A”, “Serie B”, “Serie C”…
Ou seja, se for a primeira rodada de investimentos com um fundo, será chamada de Serie A, a segunda será chamada de Serie B e por aí vai.
Venture Capital são os fundos de investimento que investem em empresas que tem a capacidade de multiplicar de tamanho ao longo de anos, e investem entre R$ 2 milhões a R$ 50 milhões em troca de 20% a 35% dos negócios.
Lembrando sempre, que a avaliação (valuation) da empresa nessas captações vai variar de acordo com os resultados atingidos e potencial de mercado da empresa investida.
Captar investimentos não é a mesma coisa que pedir um favor para o investidor.
Você precisa entender que o objetivo do investidor é ganhar dinheiro investindo em uma empresa com alto potencial de crescimento, apesar do risco envolvido.
Ou seja, o seu papel como empreendedor é mostrar que a sua empresa é a empresa correta (alto potencial de crescimento e menos risco) e que ele deveria confiar em você.
Vamos listar aqui embaixo os principais materiais necessários para apresentar para o investidor antes de fazer uma rodada de investimento.
O Pitch Deck é uma apresentação de 15-25 slides onde é apresentada a startup, seus produtos/ serviços, equipe, histórico, entre outros aspectos relevantes.
É o primeiro contato do investidor com a sua empresa, e o objetivo do pitch deck é captar a atenção para o potencial da empresa em poucos minutos.
Nessa apresentação você não precisa entrar em grandes detalhes sobre cada um dos tópicos, a ideia é ser um “raio x” que vai rapidamente ajudar o investidor a tomar a decisão se ele quer conversar mais profundamente com os empreendedores ou não.
O Valuation, como mencionado anteriormente nesse blog, é uma avaliação da empresa no momento da captação de investimentos.
Se a empresa foi avaliada em R$ 10 milhões e vai captar R$ 1 milhão, a empresa vai ceder 10% de participação no negócio em troca do aporte (R$ 1 milhão/ R$ 10 milhões = 0,1 = 10%).
O valuation é um tópico complexo (por se tratar de cálculos financeiros, técnicos e que envolvem aspectos macroeconômicos), e por conta disso é recomendado que o empreendedor contrate uma consultoria para ajudar nessa etapa.
Dessa forma você garante que não vai fazer um mau negócio, cedendo muita participação para o investidor.
O Due Diligence é o processo final que o investidor realiza para garantir que as informações que lhe foram apresentadas são verdadeiras e confiáveis.
É uma espécie de auditoria, que tem o objetivo de minimizar riscos ou fraudes por parte do empreendedor.
Aqui você vai precisar separar alguns documentos importantes da sua empresa como contrato social, documentação contábil, contratos de investimento anteriores e certidões negativas.
Nesse blog, temos um checklist completo para você economizar seu tempo com essa etapa tão importante.
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