20/08/2021 – Leia a matéria na Istoé Dinheiro, Programa Inova360, Empreendedor ou PledgeTimes
Nos cinco primeiros meses de 2021, as startups do país receberam cerca de R$ 16 bilhões em investimentos. Até maio, foram 261 aportes, de acordo com relatório da Inside Venture Capital. Esses investimentos têm sido em alguns casos o necessário para garantir que o plano de negócios de Pequenas empresas e startups deslanche.
Leonardo Brasil, sócio fundador da StartupHero, startup que oferece serviços de relatório de avaliação para PMEs e startups, destaca seis passos para alcançar o almejado investimento:
“Por que preciso de recursos e onde ele será aplicado nos próximos 12 a 18 meses?” Se o empreendedor não conseguir responder a essa pergunta, então ele ainda não está pronto para atrair investidores. Outras questões são: há pessoas para o time comercial? Haverá mudança de escritório? Qual a meta de receita bruta anual? A dica é estabelecer pelo menos três objetivos principais, que guiarão sua busca por aportes.
Antes de buscar correr risco com o dinheiro do investidor, corra o risco por si mesmo e prove que o mercado tem demanda pela sua ideia. Quem investe sempre opta por algo concreto, não apenas em uma ideia solta no papel. “Ter ideias é fácil. Mas o que conta mesmo é sua execução. Se o empreendedor fizer algumas poucas vendas, o negócio já está validado”, diz Leonardo.
Com a ideia validada e os primeiros resultados aparecendo, dificilmente um empreendedor conseguirá captação em fundos de investimento, que preferem empresas mais consolidadas, que já tenham se desenvolvido e passado por rodadas anteriores. O ideal é procurar grupos de investidores-anjo ou plataformas de equity crowdfunding. “Falar com o investidor na hora errada pode fechar uma grande porta no futuro”, afirma o sócio fundador da StartupHero.
O pitch deck é uma apresentação que resume a ideia, traz dados de mercado, resultados atingidos e objetivos da empresa. “É a melhor forma de captar a atenção de potenciais investidores e maximizar as chances de fechar negócio. Por isso, é preciso caprichar no conteúdo, design e não deixar a apresentação muito longa e maçante”, explica Leonardo.
Toda empresa que recebe um aporte financeiro é vista pelo investidor como um ativo financeiro. Por isso, ele busca um valor que considere justo no mercado. Um erro comum de empreendedores é acreditar que sua empresa recém-lançada tem valor altíssimo no mercado ou, ao contrário, desvalorizá-la demais. É preciso estimar um preço justo, que envolva dados de mercado, o histórico da companhia e perspectivas futuras, processo que é possível apenas com o valuation (relatório de avaliação). É o documento que confere a segurança necessária no momento da negociação.
Captar investimento é um jogo de números. Mesmo que um investidor garanta que fará o aporte de sua empresa, o empreendedor deve ter sempre um plano B. Para isso, o ideal é abrir conversas com o maior número de investidores possível, a fim de ter mais chances de encontrar o que terá maior sinergia com o negócio. Além disso, é fundamental pensar além do dinheiro e filtrá-lo pelo seu histórico e o valor que trará para a empresa (smart money), afirma Leonardo.