A concorrência é um dos fatores que mais causam desespero, principalmente em donos de empresas embrionárias. Ela sempre é atrelada a condições negativas.
Os empreendedores acabam deduzindo que é melhor não ter concorrente, que é esse o grande diferencial. Neste blog post, vamos te mostrar que não ter concorrentes é muito ruim.
O cenário ideal para o dono de uma micro ou pequena empresa seria a ausência de concorrentes, correto?
Por mais inesperado que seja, a resposta para esta pergunta é: não seria nem um pouco favorável, este cenário impactaria negativamente uma empresa.
Empreendedores que se sentem ameaçados pela concorrência acabam reduzindo os preços e sua margem de lucro. Essa é uma técnica arcaica de tornar seu produto/serviço mais atrativo.
O grande ponto é que empresas bem sucedidas não encaram a concorrência apenas como um “cabo de guerra de preços”. Pelo contrário, elas analisam a concorrência de forma estratégica afim de sempre fortalecer sua marca.
Donos de negócios que acreditam não ter concorrentes, basicamente estão dentro de uma dessas três opções:
No primeiro cenário, estamos falando de um empreendedor que criou algo que ninguém nunca criou. Isso é praticamente impossível.
Praticamente todos os novos modelos de negócios que surgem são derivados de modelos pré-existentes.
Vamos pegar o exemplo do Nubank. Apesar de ser um modelo super inovador, o modelo da empresa nada mais é do que um banco.
Não tem nada de novo nisso. É um banco com um bom atendimento.
E esse é o ponto que você pode estar confundindo. Você ter um diferencial competitivo (atendimento, no caso do Nubank) não quer dizer que você não tenha concorrentes.
No segundo cenário, pode ser que o mercado que você está mirando é tão pequeno que ninguém queira estar nele. Isso quer dizer que outras empresas já se aventuraram nele, mas não obtiveram sucesso.
Você como empreendedor deve tentar novas abordagens, mas nunca deve ignorar o erro de quem veio antes. Deve aprender com eles.
E no último cenário, se você não encontrou concorrentes para a sua empresa e não se encaixa em nenhum dos cenários anteriores, você não mapeou bem o seu mercado.
Pense um pouco. O seu produto em tese foi criado para resolver um problema, uma dor.
O seu cliente em potencial não vai ficar esperando o seu produto ser inventado para resolver o problema que possui. Ele, com certeza, utiliza de outra empresa para resolver essa dor, mesmo que seja de forma indireta.
O mundo dos negócios cada vez fica mais competitivo e ideias são copiadas e recriadas a todo momento.
Por isso, empresários que não fazem a análise de mercado da sua empresa, fatalmente serão engolidos pelo mercado.
Como determinar preço, padrão de qualidade, criar novas necessidades no público, entre outros fatores se não existem outras empresas que atuem no mesmo mercado que você? Isso seria impossível.
Logo, é imprescindível ter um olhar 360º do mercado de atuação para compreender quais são as estratégias dos concorrentes e assim tomar as decisões mais certeiras para o seu negócio.
Ter concorrentes é bom para a sua empresa.
Isso vale até mesmo para quando você for negociar com investidores. Fica muito mais fácil para eles entenderem o diferencial da sua empresa se você comparar com um concorrente.
Exemplo: “Eu estou no mesmo mercado do Ifood, só que focado em comida vegana”
Mas, antes de qualquer coisa, você precisa saber identificar os seus concorrentes.
Vimos que tendo concorrentes e conhecendo quem são, é possível identificar brechas e nichos de mercado.
No entanto, esta tarefa não é tão fácil. Estamos inseridos em um mercado altamente competitivo, onde muitas empresas vendem o mesmo tipo de produto e/ou serviço.
O primeiro passo para entender quem são seus concorrentes, é saber como o seu cliente resolve o seu problema sem você.
Como que as pessoas pegam Uber antes de existir o Uber? Elas pegavam táxi, então o táxi é um concorrente do Uber.
A lógica é entender como as dores dos clientes são resolvidas. Após isso, você deve classificar o seu concorrente.
Existem, basicamente, dois tipos de concorrentes, os diretos e os indiretos.
Uma empresa pode comercializar os mesmos produtos/serviços que o seu e, ainda assim, não ser um concorrente direto. Isso se dá ao fato de que o seu concorrente está posicionando seus serviços ou produtos à um público-alvo totalmente diferente do seu.
Abaixo, vamos explicar de forma simples a diferença entre os dois.
Concorrentes diretos: São os tipos de concorrentes que vendem os mesmos serviços/produtos para uma mesma linha de público-alvo e com a mesma faixa de preço.
Concorrentes indiretos: Como explicado acima, são os concorrentes que não vendem a mesma linha de produtos e serviços que o seu, mas que quer atingir o mesmo público-alvo.
Vamos à um exemplo prático: A Netflix.
Seus concorrentes diretos são as plataformas de streaming como HBO Max, Disney+, entre outras. Essas são as empresas que tem um produto semelhante a Netflix, voltado para o mesmo público e na mesma linha de preço.
Por outro lado, a própria Netflix já declarou que seus concorrentes indiretos são os jogos eletrônicos como o Fortinite. Pode parecer estranho em um primeiro momento, mas os dois serviços estão tentando atingir ao mesmo público-alvo.
O tempo que uma pessoa está jogando Fortinite, é um tempo que ela deixa de assistir a um filme na Netflix. São concorrentes indiretos.
Outro bom exemplo é a Uber e uma concessionária de automóveis.
O Uber não vende automóveis, porém, as pessoas preferem não comprar carros para utilizar os serviços do Uber, que muitas das vezes sai mais barato do que adquirir um veículo.
Portanto, o Uber basicamente “rouba” o público-alvo das concessionárias de carro.
A análise de mercado se dá em várias etapas, entre elas estão: análise de concorrentes, clientes, promoções, legislações e etc.
Mas o seu principal o foco devem ser concorrentes, e sobre eles, você precisa entender o que vendem, qual o preço, qual a forma como eles captam os clientes. Quanto mais informações sobre seus concorrentes você conseguir, mais fácil fica para encontrar as oportunidades e ameaças para o seu negócio e trabalhar em cima para que seu cliente tenha a melhor experiência
Ter concorrentes significa que existe um público para o seu produto/serviço, ou seja, pessoas que já possuem o sentimento de necessidade do produto/serviço.
A criação de estratégias baseadas em ações já fixas no mercado só é possível com a análise de mercado. Logo, fica muito mais fácil não cometer os mesmos erros da concorrência.
Não se trata apenas de copiar algo já criado e sim adaptar ações já realizadas no mercado e aperfeiçoar cada vez mais.
Ao olhar a concorrência com uma visão macro, o empreendedor não vê o concorrente como um adversário.
Além de tirar proveito da parte estratégica, a presença de concorrentes sinaliza para um investidor maior credibilidade em uma captação de investimento.
Um produto ou serviço que já possui público é sinal que um investidor está pisando em solos confiáveis.
Procure enxergar a concorrência como aliada, buscando sempre ficar motivado a despertar novas necessidades nos clientes.
Em todo nosso processo de Pitch Deck elaboramos o Storytelling antes de começar o processo de Design da apresentação.
É nessa parte que realizamos a pesquisa de mercado e mapeamento de concorrentes com base em nosso banco de dados com mais de 1500 empresas e com pesquisas em sites especializados em estatísticas de mercado.
Com o mapeamento desses concorrentes, te ajudamos a mostrar para o investidor de forma clara o posicionamento da sua empresa e os seus diferenciais.